domingo, agosto 16

slam

aconteceu tanta coisa nesses últimos meses que fiquei sem postar!
michael morreu, john hughes também. e eu tava em NYC e as pessoas faziam homenagens ao michal até hoje. e na sephora tinha um dj tocando e uns b-boys dançando, o dj mandou ver na trilha sonora do ferris bueller's day off. foi lindo!

lá vendia roteiros de filmes e seriados numa banquinha na rua, eu fui na FAO schwarz mas não toquei o piano, almocei no bubba gump shrimp & co., comi bagels e nyc dogs, cheesecake na serendipity...

mas o objetivo do meu post é contar do livro que li no vôo de volta ao brasil.
o mais recente do nick hornby, slam.
acho que depois de juno esse livro passou meio batido, o que é um pecado, afinal no dia que a diablo cody escrever melhor que o nick eu mordo minha língua. (opinião pessoal ok)

a história é aquela, casalzinho de 16 anos que se depara com uma gravidez indesejada.
mas aqui é tudo relatado pela ótica do guri, um skatista que conversa com o pôster do tony hawk e, obviamente, não tem a menor vontade de ser pai aos 16. o que o torna um pouco ácido e dá o tom "no man is an island" característico dos livros do nick.

mas o que eu quero falar mesmo é da fidelidade que a gente tem com o nick hornby.
leu um, tem que ler todos. e aí você começa a pensar como ele, e saber o que virá nas próximas páginas.
logo quando falam, em algum capíulo, que o piá iria se chamar Rufus eu já sabia que seria por causa do Rufus Wainwright. e da maneira mais bonitinha, revela-se ser mesmo por causa dele.

são esses detalhes tão pessoais que ele coloca no meio da história, fazendo dos personagems uma extensão de seu gosto pela cultura pop, que dão tanta graça aos livros.

uma sutileza para finalizar:
quando Rufus nasce, começa uma discussão no quarto do hospital a respeito de seu sobrenome.
se deveriam adotar o da mãe, burns, ou o do pai, jones.
"Mas não há diferença nos sobrenomes, há? Ninguém pode saber se senhor Burns é mais chique do que senhor Jones simplesmente lendo os nomes numa lista."

(ahn ahn?)